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Umas histórias de vida
A FESTA
A lua estava numa das suas mais lindas fases com seu corpo cheio, inteira, toda branca, iluminando a linda noite de primavera.
Carlos acabara de rever um filme antigo e se sentia muito contente e à vontade. Gostara tanto do filme, que estava falando sozinho, como era de costume quando começava a fazer uma crítica de algo de que gostava. O filme tinha sido uma indicação de Marcia quando se encontraram pela manhã. Ela dissera que seria ótimo para que Carlos pudesse relaxar e ter uma noite tranquila.
De fato, o filme estava lhe fazendo muito bem e perguntava-se por que ainda não tinha assistido a ele, afinal era do francês François Truffaut, um dos seus diretores favoritos. Aliás, também não entendia o porquê dessa preferência, já que assistira somente a um filme dele.
De qualquer modo, acreditava que este filme tinha muito a ver com ele, era como se ele mesmo o tivesse roteirizado. Era uma identificação muito íntima com o roteiro, com o próprio diretor, que também atuara no filme “A noite americana” e desde o momento em que tinha assistido ao outro filme dele, tivera uma identificação tão grande com Truffaut que passou a ser o seu diretor preferido; é claro, sem deixar de lado Steven Spielberg.
A ENTREVISTA
DELÇO: Olá Delci, tudo bem? Fico muito contente em nos encontrarmos novamente.
DELCI LIMA: Obrigado, isto também me deixa muito feliz.
DELÇO: Em 1988 nós começamos falando do seu nome e da sua idade.
O que mudou além da idade.
DELCI LIMA: Pois é, agora mais do que nunca o nome Delci Lima está cada dia mais forte e hoje tem até herdeira. No dia 30 de agosto de 2022 completei 60 anos de idade.
DELÇO: E o sobrenome Batista você retirou de vez?
DELCI LIMA: Como disse em 88, o sobrenome Batista não tinha nada a ver com o sobrenome da minha família e nem comigo. Minha mãe continuava sem saber o porquê dele, assim eu não o assino.
DELÇO: Já que estamos falando de nome e sobrenome o que você pode falar sobre o seu pai.
DELCI LIMA: O nome do meu pai é André Patrício dos Santos, eu não o conheci. Ele morreu quando eu tinha 8 meses de idade, e só fui registrado 3 anos depois de ter nascido. Por isso só tenho o sobrenome da minha mãe, Elizia Lima, na cidade onde nasci tudo era complicado.
DELÇO: Você tem alguma lembrança dele.
DELCI LIMA: Nenhuma, o pouco que sei dele foi através da minha mãe e dos meus irmãos, mas meu irmão Altamiro fez um bom papel como pai e chefe da família por muito tempo.
BRINCAR DE VIVER
Brincando aprendemos
A falar
A andar
A cantar
A amar
E até a chorar
Brincando aprendemos
A ser gente
A ser honestos
A vencer
Brincando aprendemos
A descobrir o que a gente quer
Porque é brincando que aprendemos
A viver.