feliz aprendizado

Meus encontros

Boni – JOSE BONIFACIO DE OLIVEIRA SOBRINHO

Quem me conhece sabe da admiração que sempre tive pelo Boni.
O Todo Poderoso da Rede Globo.

Profissional que ajudou a montar a 4ª melhor Televisão do mundo.

1ª ENCONTRO
Durante uma reunião de pauta da turma OD 411/1998 do curso de jornalismo da FIAM, rolou uma conversa sobre a dificuldade que certo grupo estava tendo para achar convidado que iria participar ao vivo durante 15 minutos do Programa Opinião FIAM, que era exibido nos televisores da faculdade, e depois ficaria mais ou menos 40 minutos numa conversa com os demais alunos da turma.
Eu como sempre muito otimista falava que poderíamos trazer para o programa qualquer pessoa para participar. Conversa vai conversa vem em determinado momento depois de muita dificuldade do grupo eu disse que entrevistaria qualquer pessoa e fui mais longe, disse que poderiam dizer o nome que iria entrevistar.

Um engraçadinho (não lembro o nome) resolveu me desafiar e disse, então se você gosta tanto assim do Boni entrevista ele.
Puta que pariu, dancei.
Olhei para ele para a turma, pensei e falei, está bom aceito o desafio, vou entrevistar o Boni.
Acabou a aula e indo para casa fiquei pensando como iria conseguir chegar perto e entrevistar o Boni, o cara não dá entrevista, é o Todo Poderoso da Rede Globo e mora no Rio de Janeiro, to fodido.
Comecei contar essa história para todo mundo e de repente uma aluna da outra turma, a Cida (já uma senhora) quando ouviu essa conversa falou, posso te ajudar. Eu faço terapia com a mãe do Boni posso conversar com ela e depois eu te falo.
No outro dia ela me procurou e disse. – Olha, eu falei com a dona Kina de Oliveira e ela disse que na semana que vem vai lançar um livro na Bienal do Livro em São Paulo e o Boni estará presente, mas ela pediu para não falar para ninguém porque o Boni não quer falar com a imprensa.

Ótimo, convidei a Cida e a sobrinha dela Tatiana que era minha aluna do 3º ano de jornalismo da noite para ir junto comigo, assim eu fazia uma média com a Cida e com a Tatiana. Fechado
No dia marcado fomos, eu, Cida, Tatiana e o Rogério Gama (cinegrafista da FIAM, hoje jornalista da Rádio Capital) para a Bienal do Livro. Chegamos no estande onde estava a Dona Kina e a Cida me apresentou. A Dona Kina de Oliveira tinha a aparência de uma vozinha muito simpática, me cumprimentou com entusiasmo, disse que a Cida gostava muito de mim, e me presenteou com seu livro “Vôo de Eros” e disse que assim que o filho chegasse me apresentaria, mas me pediu um favor.
Já que está por aqui, você não pode entrevistar essas pessoas que estão na fila para autografo.
Como dizer não para a mãe do Boni.
Primeira lição para a Cida e a Tatiana, eu não tinha a mínima ideia sobre o que era o livro dela e muito menos conhecia as pessoas da fila. Mas lá vou eu brincar de repórter, afinal teria uma missão quase impossível, entrevistar o Boni.
Dei uma sorte danada, o primeiro da fila era o Dante Amaral, ex-jogador de vôlei da seleção Brasileira. Quando falei o nome da Dona Kina ele começou a desembestar a falar, que ela tratava dele desde pequeno e me contou quase tudo sobre o livro. Como disse essa foi a primeira lição para a Cida e a Tatiana, pois a partir dessa sonora todas as outras ficaram mais fácil, entrevistei umas 10 pessoas incluísse o best-seller, Lair Ribeiro que era a bola da vez com seus livros de autoajuda.
Uns minutos depois chega o Boni com a sua adorável esposa Lou, fiquei no meu cantinho e lá vem a dona Kina com o Boni em minha direção, mais uma vez ela foi um amor, me apresentou para o filho como se me conhecesse a anos, disse que eu era adorável que tinha entrevistado todos os amigos dela da fila e que eu era professor universitário. Nem preciso dizer como ficou o meu Ego.
Nervoso, não, estava tranquilo.
Então seguro o microfone e pergunto se ele poderia falar comigo, ele diz que não porque não sabe falar para a televisão e muito fica nervoso. Aí foi a deixa.

Disse, como assim, o senhor montou a televisão brasileira ajudou a formar os melhores profissionais das artes e do jornalismo e diz que está nervoso.
Nervoso quem tem que ficar sou eu, ele sorriu e falou, ok.
Foi uma conversa de uns 15 minutos falamos sobre a mãe, o irmão, sobre televisão, jornalismo, Silvio Santos e principalmente sobre a saída dele da Globo.
Ao final, agradeci e num tom de brincadeira ele disse que não ficou tão nervoso, mas que compensação iria ficar uns meses de férias em

Veneza com Lou.
Eu falei, então tá e fomos embora.
(em 2018 também passei uns momentos em Veneza com minhas meninas, Laura e Luísa) kkkk

No outro dia estou pronto para enfrentar a turma que me desafiou, chego cedo na Faculdade e vou ver o material bruto junto com turma.
Segunda lição:
Todas as entrevistas que fiz na fila estavam perfeitas, áudio e vídeo em ótima qualidade.
Vou a para a entrevista do Boni…. sem áudio, somente vídeo.
Os 15 minutos de entrevista ficaram sem áudio.

Apesar de não estar nervoso, com certeza mexi no botão que liga e desliga o áudio do microfone e não saiu um único som.

Mesmo assim, a tarefa foi realizada e aquele aluno, bom, mandei ele para ……
E claro pedi para a técnica da FIAM, travar em todos os microfones o botão de liga e desliga.

Essa história foi motivo de muitas horas de aula para as outras turmas.


2ª ENCONTRO
Alguns meses depois estou no Maxi Mídia, evento organizado pela Revista Meio e Mensagem que era realizado na época no Word Trade Center em São Paulo, quando estou retirando minha credencial o atendente me entrega e falo para ele, essa credencial não é minha. (estava escrito Boni – Jose Bonifácio de Oliveira Sobrinho), o rapaz meio sem jeito fica olhando para mim, quando de repente alguém bate nas minhas costas e diz é minha.
Ele olha para mim e diz, você outra vez. Eu passo a credencial para ele recebo a minha e saímos da fila, eu pergunto se ele veio dar uma palestra e diz que sim, e a proveito para convidá-lo para ir falar na FIAM, ele gentilmente agradece e diz que ainda está de quarentena na Rede Globo e tem parado pouco no Rio o no Brasil. Então por surpresa tira um cartão do bolso, escreve um número celular atrás e diz me liga, se eu tiver agenda vai ser um prazer. Ele segue para o auditório e fico ali parado por alguns instantes.


3º ENCONTRO
No ano de 2000 estava indo para casa depois de dar aula na FIAM, por volta das 22h30 quando escuto na Rádio CBN que o Boni está em noite de autografo do seu livro 50/50 – 50 anos de TV no Brasil no Jockey Clube de São Paulo. Outra vez por coincidência estava perto da FIAM que é do lado do Jockey. Corri para lá e parei meu carro na rua e fui direto para as escadarias do Jockey, assim que cheguei na porta, uma elegante recepcionista me deu um livro e me apontou para o salão. Já era tarde da noite e não tinha mais ninguém no salão, dei uma olhada para um lado e para o outro e vi uma mesa onde estava o Boni e Benedito Rui Barbosa, somente eles.
Cheguei perto com o livro na mão e novamente o Boni disse, você outra vez.
Eu falei, pois é, entreguei o livro para ele e dessa vez eu dei meu cartão para ele. A sala estava um pouco escura e ele se esforçou para ler o cartão e disse, Delci Lima, consultou de comunicação o que é isso. Falei, não tenho a mínima ideia, achei o nome legal e coloquei no cartão. Ele olhou novamente para mim e disse, você conhece o Benedito.
Como não sou bobo e nem nada disse, sim. Olhei para o Benedito e falei, fiz faculdade com o seu filho o Marcelo, aí ele olhou pra mim e disse, o Marcelo é vagabundo não se formou.
Continuei, na verdade a gente saia da aula para jogar futebol, mas eu me formei.
Então o Boni falou, puxa a cadeira e se senta aqui, estamos esperando o motorista para ir embora.
Sentei-me e Benedito ficou falando do Marcelo, o Boni disse algumas coisas e uns minutos depois chegaram 2 casais. Boni se levantou para cumprimentá-los, aproveitei para me despedi do Benedito Rui Barbosa e do Boni, ele entregou o livro, deu um abraço e fui embora.
Nesta noite fiquei nervoso e emocionado, não consegui nem abrir o livro.

No outro dia lia a dedicatória:
Alô Delci, carinho e admiração do amigo – Boni
Meu Ego novamente bateu no teto


MEU NÃO ENCONTRO COM SILVIO SANTOS





Apesar de ser formado em jornalismo, nunca pensei em trabalhar com jornalismo. Mas sempre gostei e gosto de fazer entrevistas. (acho que é porque falo muito, mas adoro escutar também)


Como a maioria das pessoas, fui e sou fã do Silvio Santos, seja pelas loucuras ou acerto que ele fez e faz com a sua emissora. Então num determinado momento decidi entrevistar o Silvio Santos, é claro que é uma tarefa impossível, ele não dá entrevistas, fica na dele. Mas como sou medito a besta, vou tentar.
Fiquei aproximadamente uns 3 meses negociando a entrevista com o Arlindo Silva, que era Diretor de departamento e amigo do Silvio Santos. E depois de muitos telefonemas o Arlindo Silva me liga e diz, vem aqui na Vila Guilherme as 16h00 que o Silvio vai te atender.
A desculpa da entrevista era para um trabalho da Faculdade, eu estava no último ano de Jornalismo e tinha inventado um programa para meu grupo chamado Nos Bastidores da TV.
Então retiro uma câmera Panasonic Camcorder na FIAM e junto com a amiga de turma, Cristiane Lopes, vamos para os estúdios da Vila Guilherme, onde ficava o SBT ou TVS, como também era chamada na época.
No horário combinado chegamos no SBT e, depois de alguns minutos de chá de cadeira vem o próprio Arlindo Silva pedindo todas as desculpas do mundo dizendo que o Silvio Santos não iria nos atender porque teve que fazer uma viagem de última hora.
Detalhe
Ele nos disse o motivo da viagem de última hora, mas isso é outra história que vocês vão saber mais à frente. Continua lendo, para saber o que é… kkk
Já que estávamos no SBT eu pedi para o Arlindo Silva deixar a gente conhecer a redação do Jornal do SBT que tinha acabado de estrear e estava fazendo um sucesso danado com o Boris Casoy que havia saído da Folha de São Paulo para assumir o telejorna
Ele prontamente nos atendeu e fez questão de nos levar até a redação e nos apresentar para o Diretores de Jornalismo, Marcos Wilson, Luiz Fernando Emediato, Dácio Nitrini e o próprio Boris Casoy e disse que eu tinha toda a liberdade para gravar tudo que achasse necessário para o meu programa Nos Bastidores da TV.
Foi neste momento que conheci o Boris Casoy, sempre muito educado e prestativo, então pedi para ele gravar no cenário do TJ Brasil a chamada do Programa Nos Bastidores da TV o que ele fez com maestria e supervisão do fiel Dacio Nitrini que ficou o tempo todo ao lado do Boris e de olho em nós.
Passamos a tarde inteira no SBT e assistimos de dentro do estúdio ao vivo a transmissão do telejornal, eu com a minha câmera registrando tudo.
Ao final do Jornal o Dácio Nitrini nos convidou para irmos à redação onde todos iriam discutir o Jornal e assistir a abertura do Jornal Nacional que começaria em seguida.
Estou na redação gravando tudo, e num determinado momento quando começa o Jornal Nacional e o Cid Moreira e o Sergio Chapelin começam a fazer a escalada.
Vejo o Luiz Fernando Emediato sair da sala dele aos berros e xingando todo mundo com todos os palavrões permitidos e não permitidos. Eu não paro de gravar e registro tudo. Em determinado momento quando percebo que a bomba vai estourar eu desligo minha câmera e junto com a Cristiane saímos de mansinho e vamos embora.
Detalhe
Lembra quando eu disse que depois contava o motivo pelo qual o Silvio Santos não nos atendeu, agora vocês vão saber.
Bom o que estava acontecendo na escalado do Jornal Nacional para deixar o Emediato puto da vida. Simplesmente do Silvio Santos ter ido para Brasília anunciar a sua candidatura a Presidente do Brasil e a Direção do principal jornal do SBT, que era da emissora dele, não saber de nada e o Jornal Nacional dar a notícia como exclusiva.
Eu era aluno do 4º ano de Jornalismo e alguns anos depois como professor passei a contar essa história para os meus alunos e dizer que notícia é sempre notícia, mas naquele momento, aquela informação que o Arlindo Silva me passou as 17h00 eu não tinha a mínima noção que fosse notícia. Na verdade, eu estava puto por não entrevistar o Silvio Santos.
O Alindo Silva conta essa história no livro “A fantástica História de Silvio Santos “
BOM, FOI ASSIM QUE NÃO TIVE MEU ENCONTRO COM O SILVIO SANTOS
(Quem sabe teria votado nele para Presidente)


GEORGES GAZALE





No início de 2020, aos 57 anos de idade me aposentei.
O que isso tem a ver com Sr. Georges Gazale?


Pois é, eu tinha 14 anos de idade quando fui alguns finais de semana ajudar meu cunhado Oswaldo que fazia um bico de ajudante de jardineiro numa casa em frente ao Jockey Club.
Era início de 1977 e num final de semana a dona da casa me viu e perguntou se eu não queria ir trabalhar na firma do marido dela.
Então em 01 de março de 1977 comecei a trabalhar registrado na G.G. Indústria e Comércio Textil Ltda, do empresário Georges Gazale.
Foi meu primeiro emprego registrado, uma vez que eu já tinha trabalhado aos 11 anos entregando Leite Leco de madrugada em São Bernardo do Campos com meu amigo de sempre Armando de Sá.
Então em novembro de 2019 completei 35 anos de contribuição, dei entrada na minha aposentadoria e me aposentei no início de 2020. kkk
Comecei a trabalhar na GG como office boy, 2 anos depois fui promovido e fui trabalhar no Restaurante L’ Auberg do seu Georges que ficava na Rua Pamplona, 1084.
Foi no L’Auberg trabalhando com Yone Rabay Setaro, filha dele, que passei a ter contato diário com o seu Georges e ali ainda um adolescente comecei a aprender muitas e muitas coisas.
Apesar de ter somente 15 anos eu era o braço direito da dona Yone, fazia de tudo e aprendi um bocado. O seu Georges sempre gostou muito de mim e sempre me chamava para conversar e me apresentava para os seus amigos, todos empresários e com muito dinheiro.
O Restaurante L’Aulberg era o ponto de encontro dele com os amigos, e que amigos.
E o grande amigo dele naquele momento era o presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo, isso mesmo e pelo menos duas vezes por semana eu falava por telefone com ele, imagina, com 15 anos e o presidente me chamando de garoto e o seu Georges fazia questão de me chama
r a mesa e me apresentar para os amigos. Ele era uma pessoa muito generosa e distribuía boas gorjetas para todos nós.
Sai do restaurante para jogar futebol, apesar de todo o esforço e apelo do seu Georges e da dona Yone para que eu ficasse.

Em 1987 quando eu estava fazendo o último ano do curso de Publicidade na FIAM, eu trabalhava no Unibanco e resolvi sair para ir estagiar em alguma agência de publicidade, mas precisa de dinheiro para continuar estudando, então liguei para o seu Georges e falei se ele poderia me ajudar a arrumar uma bolsa de estudo na FIAM, afinal ele era amigo do professor Edevaldo Alves da Silva, dono da FMU/FIAM/FAAM, até aquele momento eles eram muito amigos.
Ai por telefone e diz, não vou pedir nada para o Edevaldo, vem aqui na 25 de março que vou pagar a sua faculdade. E foi assim que completei o último ano de Faculdade pago pelo seu George.
É bom dizer que fiz estágio na DPZ, CIA Paulista de Propaganda e na Artplan do Roberto Medina, que estava iniciando o primeiro Rock Rio. Logo que me formei em Publicidade fui ao escritório dele e mostrei meu diploma de publicitário e agradeci a ajuda que ele me deu.
Em 2002 fiquei sabendo que o seu Georges uns tiros quando saia do seu escritório nos jardins, então resolvi visitá-lo.
Quando chego no escritório quem me atende é a Marina, fiel secretaria desde o tempo da GG, então ela me leva até a sala dele e me apresenta, num primeiro momento ele não lembra de mim, então eu falo que era aquele garoto que trabalhou no L’Auberg da Pamplona e saiu para jogar futebol.

Ai ele olha para mim e diz, eu não vi voce jogar em num time.
Eu falei, pois é, não joguei em nenhum time profissional. (mas isso é outra história).
Então conversamos e eu disse que era publicitário, ai ele levanta da mesa dele pega um folder e fala, já que voce é publicitário atualiza esse folheto e traz para mim na semana que vem, a Marina vai te passar as outras informações.
Bom, uma semana depois eu levei o folder para ele aprovar. (Ele estava importando as Balas Halter e o folder estava em inglês e tive que traduzir, fazer novas fotos e novo Lay out).
E assim voltei a ter contato com ele e produzir algumas peças para a Manteiga Star Light que ele também estava importando e a linha de pistache Au’ Liban que começou a vender.
Um dia me liga e diz, vem aqui na minha casa, preciso falar contigo.
Imediatamente vou para a casa dele no Jockey Club, ali voltei ao ano de 1977 quando todos os dias pela manhã eu ia na casa dele para assinar uns cheques e sempre ele me atendia no quarto.

E desta vez não foi diferente, entro no quarto e ele pede para sentar-se e diz, olha garoto, estou querendo abrir novamente o Restaurante Au’ Liban e gostaria que voce cuidasse de toda a comunicação visual do restaurante, voce pode?
Imagina!
Uns bons anos depois estou novamente trabalhando com a dona Yone e junto com ela participei de todo o processo de reforma, decoração, contratação e cardápio do novo Au’ Liban
.
Neste momento tive a grata surpresa de conhecer e ficar amigo da outra filha do seu Georges, a Fernanda Gazale, pessoa querida que nos tornamos amigos e também tem um carinho especial pela minha mulher Laura que chama de minha loira e adora a Luísa.
O Restaurante foi montado onde era o escritório dele na Av. 9 de julho com a Rua João Cachoeira e como ele não andava muito bem de saúde mudou o escritório para um dos cômodos da gigantesca casa no Jockey, então praticamente todos os dias eu tomava café ou almoçava com ele no Au’Liban.

E ali ele me contava muitas histórias, sempre com a presença da sua amiga e querida esposa Dona Yamena (a dona Yamena era uma cozinheira de primeira e me iniciou a apreciar as delícias da culinária Libanesa).
Ele fazia questão de contar histórias, e eu adorava, quem sabe um dia eu conto as histórias sobre o Silvio Santos, Amador Aguiar, João Saad, Lazaro Brandão, Presidente Figueiredo, Frank Sinatra, Casinos de Las Vegas e muitas outros.
Uma noite estava jantando na casa dele com dona Yamena.

Ele diz, garoto voce está comendo um dos principais pratos (malaquia)que são oferecidos aos Reis Árabes. Então saiba, quando voce for convidado para se sentar à mesa na casa de alguém é porque voce é bem-vindo, e completou, voce sabia que foi aqui nessa sala que o meu amigo Amador Aguiar (Presidente do Bradesco) passou os últimos dias da vida dele.
Essa história eu conto qualquer dia).

Assim que o restaurante foi inaugurado e mesmo debilitado ele ia almoçar por lá e várias vezes nos sentamos juntos a mesa com o Leopoldo Color e em outro momento com o então Deputado Federal e depois Presidente da República Michel Temer.
No seu aniversário resolvi fazer um boneco de um livro e junto com a Dona Yamena escolhemos uma foto e mandei encadernar com umas 200 páginas em branco com uma capa com a foto dele e o título ” Georges Gazale, um Libanês brasileiro”

Na noite do réveillon de 2004 eu e a Laura passamos na Av. Paulista, quando saímos de lá por volta da 1 hora da manhã fomos visitá-lo no Hospital São Luiz, ele estava sozinho no quarto, ficamos conversando com ele um bom tempo e tenho certeza de que ficou muito contente em nos ver.
Uns dias depois recebi um telefonema da Marina dizendo que o Sr. Georges havia falecido.
Na mesma hora, eu e a Laura fomos até a casa dele no Jockey Clube onde foi realizado o velório e nos despedimos. A Dona Yamena faleceu um tempo depois.

As vezes falo por telefone com a dona Yone.
Outro dia levei o Georginho para assistir a apresentação do Maestro João Carlos Martins no Teatro Santander e a Fernanda Gazale, estamos sempre em contato e ficou amiga da Laura e Luísa.
Adoraria ter feito a biografia do Georges Gazale.
Não deu tempo.