MEU FUTEBOL Início dos anos 70

Nasci com uma bola no pé. Brincadeira!!! Na verdade, na Rua9 era uma luta para ter uma bola descente para jogarmos nossas peladas na Rua9 com os gols feitos de lata de óleo ou tijolos. Ninguém tinha dinheiro para comprar bola, estão nossos momentos de futebol era nas tardes de domingo aonde íamos em turma jogar no “Matão” antigo campo de terra onde foi construído o Portal do Morumbi, na época considerado o primeiro condomínio vertical do Brasil no final dos anos 70 e perto de nossa casa. Para se ter uma ideia a nossa bola de capotam era feita pelos pais nos nossos amigos o senhor Valentim e Ivam, onde no final de cada jogo eles revestiam a bola com uma camada de couro, ou seja, na chuva era impossível chutar a bola devido ao seu peso. Kkkk Também durante muitos anos, sempre nos finais de tarde depois da aula no Pedro Fonseca era realizada a sagrado pelada em plena Rua9 com os diversos amigos. Um tempo depois a alegria e o show era no “Maracaterra”, um campinho de terra que ficava no terreno atras da Padaria do senhor Ernesto e o famoso senhor Alfredo. Ali tinha muitos perna de pau, mas outros bons de bola, o que era o meu caso. kkkk.  

FUTEBOL DE CAMPO NO BRASILZINHO Final dos anos 70

  Alguns anos depois, no início dos anos 80 passei a jogar no Brasilzinho que retornou a jogar futebol de campo na categoria de veterano, eu era o único garoto do time e joguei durante um bom período como goleiro, isso mesmo, goleiro. O time era organizado pelo saudoso amigo Marcos Marinho ou Artime como era chamado, e foi um dos bons centroavantes que vi jogar. Junto com o Marcos, o Tim, Onor e o Ney registramos em Cartório o Brasil Futebol Clube, depois alugamos a garage do senhor Agostinho que ficava no início na Rua9 e oficializamos como sede do Brasilzinho, alugamos uma mesa de bilhar, ping pong e montamos um Bar. Durante uns bons anos todas as manhãs de domingo nos encontrávamos as 09h00 para ir jogar futebol pelos diversos campos de várzea espalhados pelos bairros da nossa cidade de São Paulo “Uma curiosidade, minha filha Luísa, quando criança vivia dizendo que eu que tinha um GPS na minha cabeça, toda vez que andamos de Uber ela brigava comigo porque ia dando o caminho para o motorista. Então eu dizia, filha jogar na várzea me levou a muitos bairros dessa maravilhosa cidade que é São Paulo”. A Várzea foi, ou melhor, ainda é um dos principais celeiros de bons jogadores de futebol, tanto que a Globo vem nos últimos anos prestigiando e promovendo: “Taça das Favelas” Era um bom grupo com alguns bons jogadores. Goleiros: Delci, Magrão e Carlos Laterais direito: Pulguinha, Aloisio, Marco Garcia e Maranhão Zagueiros central: Nei, Ze Aderbal, Djair, Pre, Geraldo, Onor Volante: Serginho Português, Delci Ponta Direita: Terta Meia Direita: Amaury Meia Esquerda: Delci, Zé Neguinho e Mé Centro Avante: Artime e Luisão Ponta Esquerda: Agnaldo    

FUTEBOL DE SALÃO Início dos anos 80 Clube 9 de julho e Colégio Andrônico de Melo

  No início dos anos 80, passei também a jogar Futebol de Salão no Clube 9 de julho que ainda fica no final da Rua9 e depois no Colégio Andrônico de Mello, onde fiz o primeiro Colegial, naquela época nos jogávamos futebol de salão de verdade, não o de hoje. Kkkk No Colégio Andrônico de Melo, jogava num bom time, com o Marola no gol, Atiere, Ze Fernandes, eu e Caju era um time imbatível, na maioria das vezes o placar era com 20 gols de diferença a nosso favor, um belo time. Anos depois fiz uma boa parecia no Clube 9 de julho com Amauri Salerno, era difícil nos pararem.  

CENTRO ADMINSITRATIVO DO UNIBANCO SELEÇÃO DO CAU 1983 / 1985 MINHA PROPOSTA PROFISSIONAL

  Durante um período entre 1983 e 1986 trabalhei de madrugada no Centro Administrativo do Unibanco no Km 16 da Raposo Tavares, entrava a 1 hora da madrugada e saía as 07h da manhã. Um dia descobriram que eu jogava futebol e passei a fazer parte do time principal do Unibanco e durante um período, todos os meses íamos jogar futebol com os times das agências de outras cidades do interior de São Paulo. Normalmente saímos na madrugada da sexta num ônibus fretado pelo Unibanco direto para um hotel e assim conheci algumas cidades do interior de São Paulo. Uma delas foi Ribeirão Preto, aproximadamente 350 km de São Paulo, chegamos no sábado pela manhã e fomos recepcionados pelo gerente local e realizamos uma partida de futebol de salão. Depois almoçamos, fomos liberados e tivemos um tempo livre e somente no domingo as 10h00 da manhã iriamos jogar o Futebol de campo. Na ocasião meu querido amigo e parceiro de aventuras eletrônicas da Rua9, Luiz Jacob Moreira estava morando numa república e estudando no curso de Medicina na Federal de Ribeirão Preto, então como estava de folga pedi para o técnico se poderia ir me encontrar com ele. Com a liberação fui procurar o Luiz na república onde passamos a noite com alguns amigos tomando vinho ouvindo violão e contando histórias. Acabei dormindo na República e no domingo pela manhã fui para o Hotel encontrar com o pessoal do Unibanco. Para surpresa quando chego no hotel, o ônibus já tinha partido para o clube onde iriamos jogar. Tive que pegar um taxi e seguir para o local do jogo. Assim que cheguei, o jogo já tinha começado, levei um esporo do técnico, desci para o vestiário e quando subi o técnico disse: Entra e muda esse placar!!!! O jogo estava 4 a 0 para o time de Ribeirão. Entrei como meia esquerda e o jogo acabou 8 a 0 para os “funcionários” da agência de Ribeirão Preto. Kkkk A PROPOSTA PROFISSIONAL Assim que acabou o jogo fomos para o tradicional churrasco oferecido pela agência de Ribeirão, conversa vai, conversa vem, um senhor se aproxima de mim e pergunta porque não joguei desde o início. Bom, contei a história da República da Medicina e ele me faz um convite para ir jogar no Comercial de Ribeirão Preto, fiquei espantado e ele me disse que era o Técnico do Comercial de Ribeirão Preto e a maioria dos jogadores que ganharam de nós era os profissionais do Comercial que na época disputava o Campeonato Paulista junto com o Botafogo e foram convidados pelo Gerente local para dar uma força para a Agência dele. kkkk Fiquei contente com o convite e durante um mês nos falamos por telefone e acabei recusando o convite. O MOTIVO DE NÃO ACEITAR O CONVITE. Eu tinha acabado de entrar na Faculdade FIAM em 1983 para fazer o curso de Publicidade e Propaganda, era o único dos irmãos que tinha conseguido entrar na Faculdade e realizar meu desejo de ser profissional de comunicação, poder produzir e dirigir alguma coisa para televisão e assim recusei o convite para ser jogador profissional. Quem sabe poderia ter sido um bom jogador, quem sabe um craque, que sabe ter ganho um bom dinheiro. Mas com 20 anos de idade era o meu desejo ser o que sou hoje, roteirista, produtor e diretor de vídeos e não me arrependo em nenhum momento desta escolha.              

FUTEBOL DE CAMPO JUNDIAI – 1989 – 2002 FASP – Futebol Amigos de São Paulo

1987 conheci na Faculdade FIAM, no curso de Propaganda e Publicidade o querido amigo Reinaldo Duque. Um dia ele me pergunta se jogava futebol e me convidada para jogar uma partida a noite no Campo do Clube Marítimo, que ficava na Ponte Cidade Jardim, era uma segunda feira a noite, me apresentou para os amigos e fui escalado como ponta direita, no primeiro lance que toquei na bola, passo pelo lateral como um furacão e ele nem me vê, em seguida sai gritando, pega o Mirandinha, pega o Mirandinha. Na época o Mirandinha estava jogando no Palmeiras, uma espécie do atual Rony, somente corria. Sempre fui muito melhor do que os dois, Kkkk O lateral direito era o Zé Pessoa e o apelido “Mirandinha” ficou até hoje, durante um bom tempo disputamos o Interclube que reunia os principais clube particulares de São Paulo, como o Pinheiros, Paineira, Alphaville, Ipe, USP, Monte Libano, Círculo Esportivo Israelita Brasileiro Macabie, Clube Atletico, entre outros. Em alguns momentos no mês de novembro íamos para Balsamo na região de São Jose do Rio Preto jogar com o time da Fazenda Brasil que era da família do Reinaldo Duque. Anos depois, junto com o querido Reinaldo Duque acertamos com o Clube Primavera em Jundiai e passamos a jogar todos os sábados. Parei de jogar em Jundiai no início de 2002. O FASP continua jogando em Jundiai e alguns amigos ainda jogam por lá. Hoje são “idosos” queridos amigos que em algum momento encontro para uma partida ou outra: Delci, Reinaldo Duque, Paulo Brandão, Paulo Goveia, Paulo Fuzeti, Zé Pessoa, Zé Antonio, Zé Gordo, Markito, Cassio, Serginho, Zé Dávila, Tato, Caco, Marçal, entre outros e claro o técnico Jarbas.    

MEU ENCONTRO COM VICENTE MATHEUS.

No início dos anos 80, precisamente março de 1981 eu e meu irmão Zé fomos no fusquinha dele até o escritório do Presidente do Corinthians, o folclórico, senhor Vicente Matheus. O encontra era para tratar da possibilidade de treinar no time do Corinthians. Assim no dia e horário combinado chegamos ao escritório do presidente Vicente Matheus que ficava na região do Tatuapé e uma simpática secretária nos atendeu e disse que o Dr. Vicente estava chegando. Alguns minutos depois, uma Mercedes conversível para no estacionamento ao lado e desce o Dr. Vicente. Assim que ele entra, a secretária nos apresenta e ele nos convida para sua sala. Em pé ele diz. “É você que deseja jogar no meu time”, digo que sim e ele pergunta minha idade e qual posição eu jogo, digo que iria completar 19 anos em agosto e jogo de meia esquerda. Prontamente olha para mim e diz, pode ir embora, não preciso de um meia esquerda no meu time. Eu, dentro da minha autoconfiança e já metido a besta, digo “mas presidente o Corinthians não tem um bom meia esquerda”. Ele então pede para nos sentarmos e diz, não tinha, mas agora tenho, acabei de descer de um avião onde fui pessoalmente buscar no Al Helal, da Arábia Saudita o Zenon. Zenon atuou pelo Corinthians durante seis anos (1981-1986), jogou 304 partidas e marcou 60 gols vestindo o manto alvinegro. Além disso, Zenon teve participação fundamental na conquista do bicampeonato Paulista de 1982/1983. Bom, nunca joguei no Corinthians. Esse encontro foi marcado pela dona Dalva, filha do Vicente Mateus e amiga do meu irmão Altamiro.    

MINHA NÃO IDA PARA O SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE

Em novembro de 1980 o Dr. Lucio Astolfo Novaes de Araujo, então diretor da SABESP, fez uma carta de recomendação para o então diretor de esportes do São Paulo Futebol Clube, senhor Francisco Cayubi Vidigal, para que eu pudesse ir treinar no time Juvenil do Morumbi. OBS: Nunca fui treinar no Morumbi. Outro dia assistindo uma entrevista do jogador Muller no programa do amigo Flavio Prado o Muller disse que o Dr. Vidigal, foi buscá-lo em sua cidade natal para ser jogador do São Paulo. Então mostrei para o Flavio a carta e ele disse: O São Paulo Perdeu. Somente para constatar, durante o período que eu e o Flavio Prado fomos professores de telejornalismo na Faculdade FIAM ele me convidada e eu ia dar uma força para o time que ele tinha com os amigos “endinheirados” em vários sítios nas regiões de São Paulo, era uma tarde agradável onde tive o prazer de conviver com o querido amigo dele o “Silvio Luiz” que entrava em campo por uns 15 minutos, e também o meu aluno e amigo colorido do Flavio o jornalista e apresentador da RedeTV, Fernando Fontana. Era mais diversão do que jogo. Não lembro como cheguei ao Dr. Lucio Astolfo. Coisas da vida.