MINHA FAMÍLIA, MEU PORTO SEGURO


Riacho da Onça – Queimadas – Bahia

Minha família

A minha família é de origem baiana, do vilarejo de Riacho da Onça, do município de Queimadas. Com aproximadamente 2800 habitantes, fica mais ou menos a 315 km de Salvador, entre Feira de Santana e Juazeiro da Bahia.
Existem dúvidas quanto à data exata da fundação do Riacho da Onça, para uns foi fundado em 1908, tendo como primeiro morador, Luiz Rocha Medrado.
Para outros o Riacho foi fundado antes desta data quando o Gal. João Borge chegou encarregado para construir o Açude e já existia o chamado Riacho da Onça.
A construção do Açude ocorreu entre 1912 e 1919, mesma época onde os eucaliptos foram plantados.
Minha mãe e todos os meus 7 irmãos nasceram no Riacho da Onça.
Em julho de 1965 toda a família já estava morando em São Paulo, menos meu pai que morreu em 1963 no Riacho da Onça.

ANDRÉ, ELIZIA, PATRICIO, LOURDINHA, ZÉ, JOÃOZINHO E PINA
DELÇO, LEDA E ALTAMIRO


ANDRÉ PATRICIO DOS SANTOS
Nosso pai


Numa festa na Vaz Redonda, próximo ao Rancho Zé da Costa no município de Gonçalo, sertão da Bahia lá pelos anos de 1935 meu pai, André Patrício dos Santos conheceu minha mãe, Elizia Lima, ela menina, não mais que 15 anos se apaixona e um ano depois se casa com ele em Jacobina. Meu pai era filho de João Patrício dos Santos e Tiófila Maria de Jesus, tinha uns 10 anos a mais do que minha mãe, ele era um daqueles homem matuto, homem da roça, que gostava e vivia da pesca e da caça, nasceu e passou sua infância num rancho chamado Zé da Costa, cercado de mais 5 irmãos sendo 3 mulheres e 2 homens. Gostava de festas e passear pelas cidades das regiões e foi numa delas na Vaz Redonda que começou a construir uma vida com minha mãe.
Um ano depois deste encontro, no dia 29 de janeiro de 1937 nasceu meu primeiro irmão, Altamiro Patrício.

Como minha mãe era do Riacho da Onça um lugarejo distante aproximadamente 100 km do Zé da Costa resolveram 9 meses depois do nascimento do Altamiro ir morar no Riacho para ficar próximo aos meus avôs maternos, Joana Maria de Jesus e Ermilio Lima e seus muitos outros irmãos, ao todo minha mãe teve 14 irmãos.
E lá no Riacho ela manteve a tradição e teve mais 7 filhos, Patrício, Joãozinho, Pina, Lourdinha, Leda, Zé e eu.
Enquanto minha mãe cuidava dos filhos, meu pai vivia a pescar, a caçar e trabalhar na roça e no trato do Sisal para dar sustento a família.
Meu pai continuava a viajar e em 1953 andou por São Paulo pela primeira vez onde foi trabalhar no interior na região de Marília e Bauru, ficou aproximadamente 2 anos e voltou para o Riacho.

Mas decide novamente retornar a São Paulo dessa vez vai morar no Parque Novo Mundo juntamente com seu irmão Domingos.
Trabalha durante alguns meses no Hospital Darci Vargas no Morumbi. Em 1961 ele volta em definitivo para a Bahia.
Em Agosto de 1962 eu nasci, e logo em seguida ele adoece e por recomendação de um sargento da policia sr. Valdemar, ele vai se tratar em Queimadas e fica por lá com minha mãe hospedado no Quartel da Policia, um período depois retorna para o Riacho e 8 meses após o meu nascimento ele morre quando tem sua úlcera estourada.
Com a morte do meu pai, minha mãe passa a cuidar sozinha dos filhos, alguns porem já não moravam mais no Riacho da Onça, foram em busca do futuro em São Paulo.

André Patricio dos Santos
Jacobina – Bahia
30.09.2014
+ 08.04.1963


ELIZIA LIMA
Nossa mãe


Minha mãe dedicou a vida inteira à família, morou mais de 40 anos no Riacho da Onça, onde viveu com os pais, os irmãos e teve todos os oitos filhos.
Em São Paulo continuou a dedicação de sempre, vida dura na Bahia e mais dura ainda no início em São Paulo.
Amou a todos os filhos como se fossem únicos, poderia escrever muitas histórias sobre a nossa mãe, histórias minhas, dos meus irmãos, dos netos e até dos bisnetos.
Nossa mãe foi maravilhosa, foi o nosso horizonte, foi o guia de todos nós.
Nossa Mãe foi única. Foi a mãe que todos amamos.
Sempre viveu cercada de carinho pelos filhos, netos, bisnetos e amigos.
Minha mãe viveu lucida e ativa ate os 92 anos, nos últimos 2 anos a idade pesou e ela e todos nós sentimos o que é chegar aos 94 anos.
No dia 12 de maio de 2014 depois de se despedir dos filhos ela nos deixou.
Tenho certeza que partiu em paz e com o dever cumprido.


Elizia Lima
Riacho da Onça – Bahia
10.10.1919
+ 12.05.2014


ALTAMIRO PATRICIO


Em novembro de 1956 com 19 anos meu irmão Altamiro resolve vir morar e trabalhar em São Paulo, junta-se ao nosso pai e meu tio Domingos que moram no Parque Novo Mundo.
Algum tempo depois vai morar no Bairro da Bela Vista onde fica dos 19 aos 29 numa pensão na rua 13 de maio.
Trabalha por 10 anos na Oca uma loja de moveis e decoração como lustrador de moveis passando depois a pintor de residência.
Casa em dezembro de 80 aos 43 anos de idade com a Janice.
Meu irmão retorna ao Riacho a passeio em 1969 e novamente em dezembro de 81 com sua mãe, sua mulher e comigo que fui convidado para batizar seu primeiro filho Anderson que nasceu em julho de 81.
Depois de casado morou durante 10 anos no Jardim das Palmas, em setembro de 85 nasce sua filha Ediane.

Um período depois ganha um terreno da Dona Filomela Suplicy e constrói uma casa no Parque Pirajuçara.
No dia 04 de fevereiro de 2003 após ficar 45 dias em coma morre em consequência de um AVC (derrame).
Meu irmão Altamiro, juntamente com minha irmã Leda, são as duas pessoas das quais me orgulho muito, com quem aprendi a formar o meu caráter.


Altamiro Patricio
Riacho da Onça – Bahia
06.01.1935
+ 04.02.2003

…. na infância lembro do Altamiro como um irmão bravo, que nos acordava nos finais de semana às 07h00 da manhã para limpar a casa.
Tinha seus pontos de vista de um nordestino legitimo, machista, cabra macho, responsável e confiável.
Anos depois, ja adulto percebi que a educação que me passou foi o Norte da minha vida,
ou seja, aprendei a ser responsável e confiável.
Não conheci o meu pai, mas meu irmão, Altamiro vez muito bem esse papel, cuidando de toda a família.
Sempre disse que sairia de casa somente depois que eu estivesse trabalhando,
e foi o que aconteceu, cuidou de todos nós ate se casar.
Meu irmão Altamiro é aquela pessoa que sem dúvida nenhuma na Cerimônia na entrega do Oscar,
com certeza eu iria dedicar a ele.


JOSE PATRICIO
Patricio


Em 1955 Patrício vem para São Paulo juntamente com o Valterney um amigo do Riacho para se encontrar com nosso pai e meu tio Domingos que moravam no Parque Novo Mundo, chegando aqui trabalha alguns meses numa obra, mas em seguida retorna para o Riacho. Por lá fica pouco tempo e resolve voltar em definitivo para São Paulo, onde foi morar no Bairro da Bela Vista.
Neste mesmo ano, no Bairro da Bela Vista, começa a trabalhar na Líder Cinematográfica, empresa de revelação de filmes para cinema e fica trabalhando até se aposentar e sair da empresa 40 anos depois em 1998. Patrício retornou ao Riacho a passeio em 57.
Em 1962 volta de avião para ver seu pai que estava doente e acaba morrendo meses depois.
Em junho de 1965 retorna para buscar o resto da família, sua mãe, suas irmãs, Lourdinha, Leda e seus dois irmãos mais novos Zé e eu.
Em São Paulo aluga para sua mãe uma casa de 5 cômodos na Rua José F. da Rocha Filho, 370, antiga Rua 9, no Bairro do Ferreira (Monte Kemel),
onde ela morou com os filhos até 1990.
Nessa mesma viagem Patrício aproveitou para trazer sua prima, Maria Lúcia.
Em março de 1966 ele e a Lucinha voltam para o Riacho e casam em Queimadas.
No dia 12 de outubro do mesmo ano nasce seu primeiro filho que é batizado com o nome do avo, André Patrício Neto.
9 anos depois separa-se da Lucinha e começa uma nova união com sua segunda esposa, Fátima. Dessa união nasce Marcelo, Márcia e Alex.
Seu filho André foi morar em Lisboa, Portugal, casou com a Moçambicana Fernanda e tem dois filhos, hoje mora na cidade Gimoio em Moçambique.
Sua Filha Marcia casou e tem 3 filhos.
Marcelo também casou e tem 1 filha e o Alex mora no Sul e é pai de 2 meninas
O Patrício veio a falecer em virtudes das doenças relacionadas a Diabetes no dia 3 de novembro de 2018

José Patrício
Riacho da Onça – Bahia
24.07.1939
+ 03.11.2018

… A lembrança que tenho do meu irmão Patrício é ele chegando todas as tardes em casa na Rua9
com um filão de pão em baixo do braço que comprava diariamente na Padaria do Sr. Ernesto.
Outra lembrança era das credencias que ele arruma para que nós pudéssemos ir ao cinema (cortesia da Líder Cinematográfica).
Durante muito tempo o Patrício foi o fotografo oficial da família.
Mas a melhor lembrança que tenho dele é orgulho que ele tinha de mim, e sempre fazia questão de me apresentar
para seus amigos como o irmão que se formou em duas Faculdade e trabalhava na Televisão.
Fizemos 2 viagens inesquecível para o Riacho da Onça, uma com a minha mãe e sua filha Marcia,
nesta viagem minha mãe e ele foram conversando a viagem inteira sobre o Riacho,
na outra fomos também com a minha mãe e a Fatima,
nos encontramos com o meu irmão Joãozinho que estava por lá e
passeamos por todos os lugares que eles desejaram, foi um passeio e tanto.
Estive presente na vida dele ate o último momento.


JOÃO PATRICIO DOS SANTOS
Joãozinho


1962, ano em que o Brasil se torna bicampeão mundial de futebol no Chile, Joãozinho chega a São Paulo e vai morar no Bairro da Bela Vista, começa a trabalhar de balconista com Eutique um amigo lá do Riacho, depois trabalha por aproximadamente 15 anos na Ibirapuera Veículos.
Em abril de 72 casa em São Paulo com a Sandra uma moça de Santa Luz, cidade próxima do Riacho, constrói uma casa e vai morar no Monte Kemel.
No dia 29 de março de 1974 nasce seu primeiro filho, Adriano que tem 1 filha.
Um ano depois nasce a Andreia e em 75 a Alessandra, a Andreia e mãe do Felipe a Alessandra casou em outubro de 2007 e tem 2 filhos.
Joãozinho voltou ao Riacho a passeio diversas vezes, numa delas (2000) juntamente comigo, nossa mãe, Patrício e a Fátima.

No início de 2008 constrói uma casa no Riacho, onde pretendia morar>
Mas em fevereiro de 2012 sofre um acidente ao cair da escada da sua casa e vem a falecer no dia 28 de fevereiro.

João Patrício dos Santos (Joãozinho)
Riacho da Onça – Bahia
16.06.1941 – Real
16.06.1946 – Certidão de Nascimento

+ 28.02.2011

… o Joãozinho foi o irmão mais distante, casou e foi cuidar da família.
Morava no Monte Kemel perto da nossa casa mas tinha uma vida bem reservada.
Em determinado momento ficou desempregado de uma hora para outra, tinha filhos para cuidar,
então um dia eu estava brincando no Matão (hoje Portal do Morumbi) e uns pedreiros que estavam
trabalhando na construção do condomínio Portal do Morumbi, perguntaram se eu não podia vender café para eles.
Bom, eu tinhas uns 14 anos. Fui então para a casa do meu irmão e contei para ele.
No outro dia ele comprou uma caixa de banana do sr. Braga e com um carrinho de pedreiro fomos vender as bananas.
E assim meu irmão viveu por mais de 15 anos vendendo cafés, bolos, salgados, refrigerantes e teve uma vida digna e conseguiu criar seus filho.

Anos depois ficamos mais próximos e passei fazer muitas coisas para ele,

sentia que ele tinha um carinho muito especial pela minha filha Luísa e isso me deixava muito feliz.
Assim como o Patricio ele tinha um orgulho incrível de mim.

Fazia questão de dizer para todos que eu era jornalista e professor universitário.
Por um bom tempo ia comigo ate Jundiaí onde eu jogava no time FASP, gostava de me ver jogar e falar para os outros que tinha um irmão craque de futebol.
Ele estava se preparando para ir morar no Riacho da Onça quando sofreu o acidente na escada da sua casa e veio a falecer.
Acredito que fui a última pessoa a falar com ele no antes de morrer.


JOÃO PATRICIO DOS SANTOS
Pina


Não estranhe não, é o mesmo nome, mas é outro irmão, estou falando do Pina que é mais novo que o Joãozinho mas tem o mesmo nome.
Em 1960, o Pina chega a São Paulo e vai morar numa pensão na Bela Vista, começa a trabalhar como mecânico e no início dos anos 70 ganha do seu irmão Altamiro um Fusca 66 e começa a trabalhar como taxista.
O Pina conheceu sua mulher Marinalva nos anos 60 ficou namorando e noivando por aproximadamente 10 anos e no dia 19 de junho de 1975 casa numa cerimonia maravilhosa numas das igrejas mais famosas e tradicionais de São Paulo, a Nossa Senhora do Brasil.
Constrói uma casa e começa a morar no Jardim Pazzini.
Em 77 chegou sua primeira filha Fernanda e em 79 a Vanessa que é casada e tem dois filhos.
O Pina ficou casado por 10 anos.
Em 1989 estava separado e morando conosco na Rua 9 quando ficou doente e morreu em abril em consequência da Diabetes.

João Patrício dos Santos (Pina)
Riacho da Onça – Bahia
24.06.1944
+19.04.1988

…. lembro das tardes de domingo no final dos anos 70, quando o Pina colocava todos nós no seu taxi (um fusquinha com vidro bolha)
e íamos dar uma volta por São Paulo, Gostava de nos levar ate o Aeroporto de Congonhas para ver os aviões, era uma diversão,
lembro também que todas as tarde quando ele chegava em casa e nós (amigos da Rua 9)
estávamos brincando na rua e ele pedia para lavar o carro. (peguei trauma e até hoje não gosto de lavar meu carro. kkk)
Era o irmão mais animado, adorava uma festa e contava muita histórias, conversava sobre qualquer assunto. (isso é coisa de taxista).
Acompanhei de perto a sua separação com a Marinalva, tenho certeza que um dos principais motivos da separação
tenha sido o fato da Marinalva ser uma mulher muito independente, e isso o incomodava muito.
Fico orgulhoso em saber que minha mulher tem uma profissão, ganha seu proprio dinheiro
e participa financeiramente da nossa rotina de casa e das nossas diversões.
Meu irmão Pina jamais admitiu isso, o que era uma pena.
Naquele momento aprendi que temos que respeitar as liberdades e opções de vida de cada,
e o casamento é o melhor lugar para isso acontecer, desde que um aceito o outro.
Acompanhei também a tristeza dele por estar longe das 2 filhas, Fernanda e Vanessa, ainda pequena.
Tudo isso fazia um descontrole em sua Diabetes.
Uns 2 anos antes dele morrer, passou a morar conosco na Rua 9.
Ali ele descobriu o meu talento pelo futebol e passou a ser meu fã, adorava me ver jogar bola no Brasilzinho
e fazia questão de todos os domingos nos levar no seu taxi para todos os bairros de São Paulo para me ver jogar.
Apesar de ja estar bem debilitado por causa da Diabetes eu sentia que ele adorava esses momentos.
Eu tinha certeza que naquelas manhãs de Domingo eu poderia faze-lo feliz e em muitos momento eu consegui.


MARIA DE LOURDES LIMA
Lourdinha


Minha irmã Lourdinha tinha uns 16 anos quando chegou em São Paulo juntamente com minha mãe em junho de 65.
Ela Trabalhou durante 3 anos na Helfolte uma empresa de eletricidade no Ferreira, estudou no Colégio Pedro Fonseca até a o segundo ano primário.
Conheceu seu marido Osvaldo em 1972, namoraram, noivaram e se casaram em novembro de 75.
Primeiramente foram morar no Jardim Maria Sampaio, sua primeira filha Rosemeire nasceu em outubro de 76.
8 meses depois mudaram para uma casa que construíram na Vila Sônia, em 79 nasceu o Luciano e seis anos depois chegou o Eduardo.
A Rose casou e tem 2 filhos.. O Luciano também casou e tem três filhos.
O Eduardo, filho mais novo da Lourdinha nasceu em outubro de de 1986, mas morreu prematuramente em junho de 2007.
A Lurdinha voltou ao Riacho juntamente com sua prima Dja que hoje mora no Riacho e sua cunhada Sandra na decada de 70
e retornou em 2003 com nossa mãe e em outras datas.
Ela ficou viúva e continua morando na Vila Sônia.

Maria de Lourdes Lima
Riacho da Onça – Bahia
23.11.1950

…. vivo brincando que minha irmã Lourdinha seria uma ótima jornalista, eu explico.
Na verdade a minha irmã é tão feliz e de bem com a vida que ouve uma coisa e fala outra,
igual a muitos jornalistas, sem a maldade com eles, afinal também sou jornalista. kkk.
Acredito que adquiri essa felicidade na minha vida atraves da minha irmã, ela está sempre de bem com a vida
e tem uma vontade enorme em viver, para ela tudo é maravilhoso, tendo ou não tendo dinheiro,
nunca escutei ela reclamar da vida.
É uma excelente mãe, irmã e muito prestativa, esta sempre ajudando as pessoas.
Com frequência passo na casa dela para tomar o café da manhã antes de ir trabalhar,
essa é a forma que encontrei para estar proximo.
Adora viajar, passear e ter a casa cheia da família e dos amigos, o que é muito bom para a vida.
Junto com a Leda cuidou da nossa mãe ate o último momento e hoje uma cuida da outra e eu tento cuidar das duas.
Minha frase de vida “ SER FELIZ SEMPRE “ tem tudo a ver com minha irmã.


ROSELITA LIMA
Leda


A Leda, ou melhor, a Roselita Lima tinha uns 12 anos quando saiu do Riacho, tem algumas lembranças, mas passou toda sua infância em São Paulo,
nunca mais retornou ao Riacho. Estudou em São Paulo no Colégio Pedro Fonseca até a 8ª série.
Começou a trabalhar aos 21 anos nas lojas Eletro Radiobras de Pinheiro.
Em 1975 entrou no Palácio do Governo do Estado de São Paulo onde se aposentou em 2017.
Ela fez a opção de não casar e mora sozinha num apartamento no Jardim Umarizal.
A Leda foi durante um grande período a nossa segunda mãe sempre disposta a ajudar a todos.
Ela assim como meus outros irmãos é Diabética e desde 2020 tem passado por momento muito difícil em virtude da doença.
Mora sozinha num apartamento no Jardim das Palmas e desde outubro de 2022 eu e minha sobrinha Rose temos nos dedicado diariamente em manter a glicemia controlada.
Tem dias que esta completamente fora do ar, outros um pouco melhor, esta difícil mas tenho que cuidar.

Roselita Lima
Riacho da Onça – Bahia
30.08.1953

… minha irmã Leda foi durante muito tempo o Norte da nossa família.
Apesar de nascermos no mesmo dia, 30 de agosto, mas com 9 anos de diferença
e sermos virginianos, somos completamente diferentes.

Ela é protetora, as vezes ate de mais, sempre cuidou de todos.
Sempre foi minha incentivadora, com certeza também dedico um Oscar para ela.

Somos muito próximos e também sinto o orgulho que ela tem de mim,
Sempre me tratou como um filho, me ajudou nas decisões, me ajuda na vida.

Continuamos muito próximo e hoje tenho que cuidar e protegê-la.


JOSE ADERBAL LIMA


O Zé sempre foi um bom companheiro, boa praça, estava sempre por perto.
Levava a vida sossegada, e sempre podíamos contar com ele.
Tinha poucas recordações do Riacho da Onça, saiu de lá muito pequeno, mas retornou umas 3 vezes, numa delas passou quase dois meses.
O Zé era casado com a Vera desde junho de 1988, mas em junho de 2014, em consequência da Diabetes, faleceu em casa, deixando muita saudade.
… tínhamos 6 anos de diferença, em determinado momento isso era muita distância, com o passar dos anos, praticamente não havia mas diferença.
Vivemos juntos nossa infância na Rua9, estudamos no mesmo Colégio, o Pedro Fonseca, jogamos futebol no Brasilzinho em muitos campos, deste o Matão, Maracaterra,

na Rua 9, no Espada, no Rebouças e em diversos outros lugares pelos bairros da nossa São Paulo.
O Zé era festeiro, gostava de noitada, de farra e de praia, adora uma agua.
Mesmo depois de casado continuamos juntos e nos últimos anos ainda mais.
Também sentia um orgulho imenso por mim e do meu futebol, jogamos juntos e comprou muita briga por minha causa,
afinal eu era o craque e apanhava muito e ele um zagueiro estilo Lugano da vida, bom, mas um Lugano, se me entendem.
Quando minha filha Luísa nasceu ele não saia de casa, adorava a minha filha, levava ela para passear e a curtia muito.
Sempre tive certeza que estava feliz com minha forma de viver, meu trabalho, minhas viagens, minha casa, nossos amigos, nossa família e sempre esta torcendo por mim.
Nos 3 últimos anos ele era meu porto seguro, eu sabia que podia viajar e ele estava presente para segurar a onda e vice e versa.
Mas um dia nos braços da Vera ele adormeceu e não acordou mais.
Foi feliz e levou a vida dele do jeito que queria até o último momento.

José Aderbal Lima
Riacho da Onça – Bahia
25.10.1956
+18.06.2016

… tínhamos 6 anos de diferença, em determinado momento isso era muita distância, com o passar dos anos, praticamente não havia mas diferença.
Vivemos juntos nossa infância na Rua9, estudamos no mesmo Colégio, o Pedro Fonseca, jogamos futebol no Brasilzinho e muitos campos,
deste o Matão, Maracaterra, Rua9, no Espada, no Rebouças e em diversos outros lugares pelos bairros da nossa São Paulo. 
O Zé era festeiro, gostava de noitada, de farra e de praia, adorava uma agua. Mesmo depois de casado continuamos juntos e nos últimos anos ainda mais.
Também sentia um orgulho imenso por mim e do meu futebol, jogamos juntos e comprou muita briga por minha causa,
afinal eu era o craque e apanhava muito e ele um zagueiro estilo Lugano da vida, bom, mas um Lugano, se me entendem.
Quando minha filha Luísa nasceu ele não saia de casa, adorava a minha filha, levava ela para passear e a curtia muito.
Sempre tive certeza que estava feliz com minha forma de viver, meu trabalho, minhas viagens, minha casa, nossos amigos,
nossa família e sempre estava torcendo por mim.
Nos 3 últimos anos, ja debilitado por causa da Diabetes, mas sempre lutador, ele era meu porto seguro,
eu sabia que podia viajar e ele estaria presente para segurar a onda e vice e versa.
Mas depois de nos dar muitos sustos e lutar com sua saúde e seu estado físico,
num sábado, final da noite, nos braços da sua querida Vera ele adormeceu e não acordou mais.
Foi feliz e levou a vida dele do jeito que queria ate o último momento.


DELCI LIMA
Delço


Bom, eu sou o Delci Batista de Lima, ou melhor o Delço como minha família me conhece.
Quem me deu esse nome foi meu irmão Patrício que tinha um amigo em São Paulo chamado de Delço.
Mas quando fui registrado 3 anos depois de nascido, erraram meu nome e colocaram Delci.
Sai do Riacho com uns 4 anos de idade, retornei a passeio em 81, 90, 94, 2000 e 2005.

Comecei trabalhar cedo, aos 11 anos de idade entregando Leite Leco com meu amigo da Rua9, Armando de Sá.
Em 1975, comecei a trabalhar como office Boy na GG, um ano depois fui promovido a gerente do Restaurante L’ Auberg do Georges Gazale.
Tudo isso aos 15 anos de idade
Em 1981 fui trabalhar de madrugada no Unibanco onde fiquei por 6 anos.
Em 1983 entrei na Faculdade FIAM em 1987 me formei em Publicidade e Propaganda, depois em 1989 concluir a o curso de jornalismo também pela FIAM.
Sou pós graduação em Administração e Marketing Esportivo pela Universidade Gama Filho na turma de 2002.

A convite do Diretor da FIAM e um querido amigo, Roney Cesar Signorini fui de 1990 até 2015 professor da disciplina de telejornalismo para os alunos do 4º ano da FIAM
Fui socio do meu querido e irmão Marinho Guzman no Status Studio.

Em agosto de 1992 abrir minha agencia LZ12 Propaganda e Publicidade com a Cristina Zanata que ficou na sociedade ate 2002
Dirijo desde 1999 o Programa de Direito Código de Honra, uma parceria do IASP E LZ12 Comunicação.
Tenho o prazer de trabalhar com pessoas queridas, como Maestro João Carlos Martins, Helo Pinheiro, Herodoto Barbeiro, Fabio Mazzonetto entre outros.
Em 2002 comecei a namorar a Laura, uma aluna minha do curso de jornalismo da Faculdade FIAM, dois anos depois em julho de 2004 nos casamos no civil.
No dia 22 março de 2006 nasceu a nossa filha Luísa Lima.

Estamos morando na casa que construímos no Taboão da Serra e posso dizer, sou muito feliz, porque tive uma família maravilhosa, uma mãe que me educou,
irmãos companheiros e muitos queridos amigos que a vida me apresentou.

Delci Lima
Riacho da Onça – Bahia
30.08.1962

Hoje vivo com a família que estou construindo, com milha mulher Laura e nossa maravilhosa e parceira filha Luísa.
Mensalmente em nossa casa nos divertimos e curtimos com os amigos nosso Cachorro Quente nas noites de sexta feira.
Sempre gostei de viajar e hoje, eu a Laura e a Luísa temos feitos passeios maravilhosos. seja por São Paulo, Brasil ou exterior,
onde conhecendo cidades, países, culturas, línguas, artes, culinárias e descobrindo a vida.
Posso dizer com toda certeza do mundo, a família ainda é a base de tudo.
SER FELIZ SEMPRE